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Foto do escritorWilly Hagi

O que eu aprendi no LinkedIn


O LinkedIn é uma das redes sociais mais populares do mundo com mais de 300 milhões de usuários ativos, projetada para trazer a experiência de um ambiente profissional e corporativo de forma online. A rede tem ferramentas que podem ajudar na busca por vagas de emprego e dar possibilidades de networking, mas também pode ser usada para criar a sua audiência através de compartilhamento de conteúdo de valor para colegas da sua área de atuação.


Antes de qualquer coisa, este não é mais um guia de como o LinkedIn funciona. Em vez disso, pretendo compartilhar um pouco da minha experiência como meteorologista ativo na rede ao longo dos últimos anos e trazer o que acredito que pode ser útil para quem quer começar a desbravar esse universo.



Como eu comecei a usar o LinkedIn


A minha história com a rede teve início no intervalo entre o final da minha graduação em Meteorologia (UEA) com o início do meu mestrado em Clima e Ambiente (INPA/UEA), durante o primeiro trimestre de 2019. E como qualquer aluno recém-formado, não pude evitar não sofrer com a ansiedade galopante que a incerteza do futuro traz. É normal. Uma das minhas respostas a essa crise foi justamente criar um perfil no LinkedIn, o que também costuma ser um procedimento padrão para quem passa por situações parecidas.


Eu também estava começando nessa época a escrever alguns tutoriais de Python para o Towards Data Science (TDS), um dos principais portais de ciência de dados no Medium. Até então, pelo menos, o guia de autores do TDS recomendava ter um perfil no LinkedIn para divulgar os artigos que fossem publicados por você. Então foi questão de juntar a fome com a vontade de comer, esse foi o começo da minha história.


Tudo na rede no início parece ser algo entre um deserto e um oásis. À medida que você adiciona conexões e preenche o seu feed, o conteúdo que aparece na sua tela vai sendo balanceado tanto pelas suas inclinações pessoais quanto pelas suas "ambições" profissionais. O LinkedIn é famoso por ser uma rede onde as pessoas contam as histórias mais mirabolantes possíveis, compartilham mensagens meritocráticas descoladas da realidade, agradecem por terem sido desligadas sem dó dos seus antigos trabalhos e por aí vai. A grande questão é que você não precisa ver esse tipo de coisa se não quiser. Boa parte vai depender mesmo do que você escolher como relevante.


Eu costumo seguir uma política pessoal anti-fanfic, que me dá alguns critérios objetivos para deixar de seguir o conteúdo de alguma conexão ou simplesmente remover alguém dos meus contatos sem pensar duas vezes. Essa abordagem faz com que a minha experiência seja menos tóxica e mais agradável, tanto que considero o LinkedIn como a minha rede social preferida.


Você acha que acordar todo dia às 5 da manhã, usar o mesmo estilo de roupas todos os dias e tomar banho gelado vai te fazer ficar rico? Tudo bem, mas eu não faço questão de ver esse tipo de coisa.


Só que o seu feed é apenas uma parte da experiência. Para quem quer ser realmente ativo e criar uma audiência na rede, é necessário dar um passo adiante e compartilhar o seu próprio conteúdo, sua visão sobre o mundo e por aí vai. Nada disso é trivial. Ser levado a sério não é tarefa simples, ainda mais para quem está no começo da carreira.


A minha proposta sempre foi compartilhar o meu próprio conteúdo, com os meus próprios gráficos, mapas e opiniões. Por mais que criar qualquer coisa exija seu tempo, esforço, visão e criatividade (óbvio!), tudo o que é postado em qualquer rede social moderna é filtrado por uma navalha chamada de algoritmo que fica guardada bem ao lado do altar do engajamento. E para quem quer atingir outras pessoas, essa é a parte mais importante de todas.


O que postar e como postar no LinkedIn


Ao contrário de outras redes mais viciadas em dopamina barata, o algoritmo do LinkedIn tende a recompensar melhor quem se dispõe a compartilhar conteúdo autoral. Um atrativo que me agrada é não ter que postar várias coisas todos os dias para conseguir ampliar o alcance do perfil. De repente, o fato da rede se dispor a ser um ambiente para pessoas que estão trabalhando ou buscando trabalho seja um fator que pese no algoritmo em relação a essa frequência.


O primeiro passo que você precisa dar é ativar o modo de criação do seu perfil, o que sinaliza que você quer compartilhar o seu material, permitindo também com que outras pessoas sigam você sem precisar adicionar como contato, na mesma lógica do Twitter. Ainda que isso pareça um desvio do objetivo de criar contatos profissionais, é a melhor maneira de começar a formar um público interessado no que você diz.


Depois vem a parte mais importante. O que postar? Aí depende da sua criatividade e da sua vontade, mas dancinhas geralmente não são uma boa ideia e podem pesar contra a sua imagem por lá. Quando em Roma, faça como os romanos. Como sou meteorologista e amazônida, gosto de postar sobre meteorologia, Amazônia, Python e com isso divulgar a palavra da Meteonorte ao mesmo tempo. Não costumo sair desses temas-chave e têm funcionado bem para mim.


Independente da sua área de formação, fale sobre temas que você conheça bem e se sinta à vontade para mostrar às outras pessoas. Acredito que todo mundo (ou quase todo mundo) gosta de ver um gráfico ou um mapa bem feito e ler uma opinião bem embasada, então esses são ótimos pontos de partida. Compartilhe um pouco do seu trabalho, fale sobre as suas experiências e não tenha medo das reações negativas que vez ou outra acabam surgindo. Faz parte do jogo.

Importante mesmo é que você busque o seu próprio tom e mostre a sua personalidade, mas isso só vem mesmo com a prática e a consistência. É possível que o seu primeiro post não chegue a muitas pessoas e não há nada de errado com isso, o algoritmo tem um grande peso sobre o desempenho do seu conteúdo. Sem falar que ser autêntico sempre é mais difícil do que imitar o que os outros já estão fazendo.


Com o tempo, percebi que postar qualquer coisa às segundas e sextas é quase sempre sinônimo de jogar material fora. A não ser que seja algo muito bom e que chame a atenção das pessoas de forma rápida, é melhor evitar esses dias. Afinal de contas, nem todo mundo gosta de voltar aos trabalhos na segunda e há outros atrativos ao final da sexta-feira. A não ser que você esteja com muito tédio, não entre no seu LinkedIn durante o Happy Hour.


Vale a pena usar o LinkedIn


Esteja você ainda na graduação, no começo da carreira ou em nível mais sênior, seja com atuação na academia ou no mercado privado, vale a pena usar o LinkedIn. O potencial de uso da rede é bem maior do que um breve post como esse poderia resumir, mesmo que você queira usá-lo para adicionar colegas e firmar novos contatos profissionais. A minha experiência até aqui é muito positiva e a rede virou uma ferramenta essencial para mim, tanto que é difícil pensar que tenho mais de 1000 seguidores de todo o canto do país por lá.


Claro que é também importante filtrar o sensacionalismo e tornar a sua própria experiência mais agradável. Seja qual for o seu objetivo, estar presente por lá pode fazer a diferença para você. E quando estiver, fique à vontade para me seguir ou adicionar no LinkedIn e aproveite para seguir a página da Meteonorte também. Até a próxima!

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